Terça-feira, 27 de Abril de 2004
ver para além do pensamento!
O animal nasce de uma semente
Plantada num ventre, decadente,
Frio, de luxuria fatal.
Onde florescem Seres enjaulados
Possuídos por ideologias perfeitas,
Harmonizando.se com um mundo selvagem.
O grito do animal entoa numa espiral
De raiva e medo, consciente das limitações impostas,
Derrama lágrimas de um doce sofrimento..
Percorre feiras de vaidades, onde busca
Uma falsidade feliz, em hipocrisias
Religiosamente cuspidas.
Sorri ao deitar-se na lama seca
Que sufocamente, consome o seu
Sangue cru, o seu corpo moribundo..
Fede a lascívidades ao abrir a sua alma
Para um mundo de correntes azuis,
Tão cruel como o criador.
Ao hastiar o sabor amargo da cólera
Adormece, eternamente, no seio nu,
Da mente límpida ...
A falsa misericórdia, afaga.o nos seus braços
Libertando o animal puro, anárquico,
Que brota de si, inconsciente de virtudes.