Já agora, se souberem de alguma coisa de jeito digam, se não for muito incómodo.
Numa época tão omissa de valores e em que os mais velhos são esquecidos, sinto necessidade de prestar aqui uma homenagem a alguém que me acompanhou ao longo dos anos, assistindo de perto ao meu crescimento e á minha formação (??) como pessoa. Poderia referir-me a ele como óleos e gorduras vegetais simples, isoglucose de milho (seja lá isto o que for), açúcar, leite magro, cacau magro em pó (bem bom para meninas da dieta) e uma catrefada de vitaminas!! Pode, inclusive, conter vestigios de avelã e cevada (vestigios de cerveja?? Bom, muito bom). Falo, claro está, do Tulicreme, essa maravilha da cozinha mundial, tão útil para encher o bandulho a miúdos e graúdos. Confesso que para mim o tulicreme sempre foi essencial e tanto podia ser barrado numa fatia de pão caseiro (tipo camionista), como no meio de 2 bolachas maria (as óreos dos pobres) ou até em torradas (prática muito habitual, visto eu não ser apreciador de manteiga). Verdade seja dita, o tulicreme actual já não é a mesma coisa, está granulado perdeu toda a cremosidade, apesar do sabor lá estar. Será que isso se deve a falta de lavagem dos tanques onde se fabrica este creme milagroso? É que o “pode conter vestigios de avelã e cevada” deixou-me na dúvida..... O Cola Cao também me traz grandes recordações, mas este, ao contrário do tulicreme, tinha alternativa.
Anda por aí um programa chamado “Grandes Portugueses”, que se destina a eleger o maior português de sempre. Em minha opinião não deveria haver qualquer dúvida em relação a quem deve ser o eleito: Cosme Damião, fundador e alma do Sport Lisboa e Benfica. O segundo candidato seria, logicamente El Rey D. Afonso Henriques, o pai da nacionalidade e até, segundo a lenda, tinha para mais de 2 metros de altura, o que o torna um dos maiores portugueses de sempre na verdadeira acepção da palavra. Contudo admito que, nos tempos que correm seja politicamente incorrecto fazer homenagem a um homem que passou os seus dias a bater em muçulmanos. Fosse ele conhecido internacionalmente e seria o principal candidato a maior americano de sempre (logo seguido do Colin Powell, que conseguiu vencer Saddam Hussein 2 vezes).
Da lista de candidatos salta a vista uma falha. Nela não consta o nome de Rafael Bordalo Pinheiro fabuloso inventor do rosto de Portugal, o Zé Povinho e fundador da Fábrica de Faianças das Caldas da Rainha onde se trabalha o barro, e de onde saem alguns dos maiores portugueses. Não sei é até que ponto Jesus não poderia ser eleito também, afinal de contas nasceu em Belém.
Paralelamente a este programa deveria ser realizado o “Português mais Rosqueiro” em cuja lista deveria constar o nome de energúmeros tais como Emplastro (pela cara), Pedro Alvares Cabral (pelo engano de 68778 milhas maritimas que tanto nos está a custar actualmente), Paulo Portas (por ser ele) e Visconde de Alvalade (por ter feito algo que ainda hoje envergonha milhões de portugueses, o sporting).
PS – Á luz dos ultimos acontecimentos, o sr. Caldwell, jogador do Celtic de Glasgow também devia ter direito a uma menção honrosa no referido programa: Thanks lad!!