Numa época tão omissa de valores e em que os mais velhos são esquecidos, sinto necessidade de prestar aqui uma homenagem a alguém que me acompanhou ao longo dos anos, assistindo de perto ao meu crescimento e á minha formação (??) como pessoa. Poderia referir-me a ele como óleos e gorduras vegetais simples, isoglucose de milho (seja lá isto o que for), açúcar, leite magro, cacau magro em pó (bem bom para meninas da dieta) e uma catrefada de vitaminas!! Pode, inclusive, conter vestigios de avelã e cevada (vestigios de cerveja?? Bom, muito bom). Falo, claro está, do Tulicreme, essa maravilha da cozinha mundial, tão útil para encher o bandulho a miúdos e graúdos. Confesso que para mim o tulicreme sempre foi essencial e tanto podia ser barrado numa fatia de pão caseiro (tipo camionista), como no meio de 2 bolachas maria (as óreos dos pobres) ou até em torradas (prática muito habitual, visto eu não ser apreciador de manteiga). Verdade seja dita, o tulicreme actual já não é a mesma coisa, está granulado perdeu toda a cremosidade, apesar do sabor lá estar. Será que isso se deve a falta de lavagem dos tanques onde se fabrica este creme milagroso? É que o “pode conter vestigios de avelã e cevada” deixou-me na dúvida..... O Cola Cao também me traz grandes recordações, mas este, ao contrário do tulicreme, tinha alternativa.